quarta-feira, 8 de junho de 2011

Neoliberalismo natural

A narrativa conservacionista produzida pelos amigos da economia de mercado gerou em Portugal os prémios EDP e BES para a Biodiversidade entre outras iniciativas trajadas com a benevolência da filantropia capitalista. Do assistencialismo social decorreu-se para o assistencialismo ambientalista. Este assistencialismo ditou as políticas dos estudos de impacto ambiental e das medidas de compensação. Reconhecidos pela imparcialidade dos estudos e pela eficácia e relevância ambiental das medidas de compensação.


Estes modelos de bondade ambiental vieram a produzir fórmulas de aferição do valor monetário de elementos e espaços naturais; numa lógica de serviços fornecidos e produto produzido. Assim, uma árvore pode valer o mesmo que um maço de tabaco, ou um parque natural o mesmo que um porta-aviões, tudo depende da aferição do valor que alguns conservacionistas e economistas entendam encontrar na natureza.

Este tipo de políticas já tinham levado à negociação e venda de quotas de poluição entre Estados menos e mais poluentes. As abstrusidades da universalização do mercado parecem não ter fim. O mercado é uma política totalitária e o neoliberalismo uma arma de destruição em massa.

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