My life is exactly as my appearance would have you believe... Though I probably don't masturbate as much as you think." D. Kitson |
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Falemos de coisas sérias. Ou pelo menos daquelas que nos vão puxando os cantos da boca e fazendo borbullhar as tripas, depois de tropeçarmos numa coisa séria e antes de irmos dar com as ventas na próxima. O título do post vem de um dos espectáculos do Daniel Kitson (também autor do mais recente The Impotent Fury of the Privileged, entre muitos). É um stand-up comedian gago e digressivo, reboludo e romântico, um contador de histórias, o bardo barbudo dos ligeiramente esquisitos, da falta de jeito para o mundo e do heroísmo do fracasso. É também o veículo ocasional de uma coisa a que ainda não deixei de chamar génio, against my better judgement. Em suma, não é mauzinho. Ganhou o Perrier, em Edinburgo, em 2002, e parecia estar lançado para o sucesso em prime-time. Meteu o pé no travão, deu rédea solta às pilosidades faciais, começou a escrever espectáculos mais rugosos, sem punchlines, e refugiou-se nos circuitos alternativos de comédia. Não é propriamente um cómico obscuro, apenas passa pouco na televisão e até agora não editou nenhum DVD. Quem estiver em Inglaterra, sobretudo em Londres, pode apanhá-lo com alguma regularidade em pequenas salas arraçadas de pub, onde vai experimentando material ainda em vias de ganhar forma - e praticamente pelo preço de uma pint. Quem não puder, pode ouvir alguns dos seus espectáculos no site dele (e há mais uns quantos espalhados aí pela net)
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