quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Recusa da Cidade


Daqui a uma semana, No dia 10 de Abril, terça-feira (18h30), tem lugar a primeira das Palestras para o dia de amanhã, co-organizadas pela Unipop e o Teatro Maria Matos. A primeira tem como título A Recusa da Cidade, por Evan Calder Williams, nome que já foi surgindo neste blogue de vez em quando. Eis um resumo alternativo ao que surge no site oficial:


A Recusa da Cidade
A presente conjuntura tem agudizado uma lógica estrutural do Capitalismo: certas partes do globo, certas zonas das cidades e uma parte crescente das populações são empurradas para as margens. Foi a partir deste ângulo cego do sistema, e fora da esfera estrita do que é tido como político, que se foram alastrando motins e pilhagens, confrontos e ocupações. A lógica a que obedecem, para lá do protesto (pois o sistema não está aberto à negociação do seu fim) tem na cidade o seu terreno de intervenção e campo de batalha priveligiados. Como recusar a cidade enquanto palco para a circulação de Capital, como ocupar não só os lugares mas uma história alternativa? Calder Williams, que escreveu uma extensa «Carta aberta a todos os que condenam os motins», procura aqui ensaiar uma resposta: interromper as linhas de circulação, apanhar o que estiver à mão e arrancar os objectos aos seus usos presentes, mobilizar os escombros para construir barricadas e outros modos de existir colectivamente. Um manifesto para cortar o nó com o presente e reatar o nó entre antagonismo e solidariedade.


Evan Calder Williams foi autor do blogue Socialism and/or Barbarism , que entretanto  deixou pelo post contínuo The Noonday Shadow e tem ainda no currículo dois livros, Combined and Uneven Apocalypse (Zero Books, 2010) e Roman Letters (Oslo editions, 2011). Particularmente cara à Unipop e pertinente para os tempos que correm é a sua Carta Aberta aos que condenam as pilhagens, traduzida para português e editada pelas Edições Antipáticas em 2011. Integra o corpo editorial da revista Historical Materialism e escreve regularmente para publicações como Film Quarterly, Radical Philosophy e Mute.


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