Cabeça baixa, beiços apertados para conter a parte menos nobre do vocabulário, o meu vizinho dirigiu-se ao cento e sete, tocou à campainha e pediu o lanche: era pão com marmelada. Lembro-me como se fosse hoje: de papo-seco na mão avançou para o quintal do Lopes e deitou tudo fora – lanche, raiva, ofensa.
Fernando Assis Pacheco, Memórias de um craque
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