Não é de agora que a ditadura do capitalismo financeiro se instalou no país. As novas medidas de austeridade vêm apenas confirmar o processo de radicalização social em curso, consumando uma das mais brutais transferências dos rendimentos do trabalho para o capital. Cortam-se os 13º e 14º meses de funcionários públicos e pensionistas; aumenta-se o horário de trabalho; aumenta-se o IVA; privatizam-se os transportes, a saúde, a água, etc. Simultaneamente à expropriação financeira dos trabalhadores e à corrosão da provisão pública assiste-se a uma reconfiguração do papel do Estado, que foi literalmente abocanhado por aqueles que estão a fazer desta crise a sua oportunidade de negócio. Os poucos que se sentem com direito a tudo, e defendem a todo o custo os seus lucros, mesmo que isso arruíne a vida a milhões, encarregaram-se de fazer do Estado o comité para a gestão dos seus assuntos particulares. Os agiotas, cujo programa político é simplesmente «ir mais além que a troika», passaram a fazer das medidas de brutalidade a norma. A excepção institui-se como a regra e a violência governamental confunde-se com a ordem jurídica, roubando nos salários e nas pensões, alegando «autoridade legal» para o fazer. O fascismo é uma minhoca, não é? lá isso é....
O fascismo é uma lombriga...
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