quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O mais luminoso farol do marxismo-leninismo volta a atacar

  Historicamente, o anarquismo corresponde à infância do movimento operário contra a opressão burguesa e a exploração capitalista.[...]
Não será possível abordar a “táctica” black sem perceber a origem do processo. Nos anos sessenta do século passado foram nascendo os chamados “autonomistas” em vários países da Europa ocidental. Esses sim, tinham programa e política. Ensaiaram uma simbiose entre anarquismo e marxismo. Do anarquismo retiravam a aversão ao Estado, ao “governo compulsório”, à hierarquia e burocracia dos partidos de esquerda, especialmente dos partidos centralistas de tradição comunista. Do marxismo recuperaram a teoria económica, os princípios gerais da luta de classes: “horizontalizar” a luta de classes é uma consigna que pode hoje parecer estranha mas motivou muitos radicais, em particular grupos estudantis e intelectuais. Para essa luta de classes não havia outro programa senão o anticapitalismo radical, não havia fases, nem alianças.
A estratégia, sem táctica, era a acção directa e a agitação vermelha. Essa foi a tese antiga de Toni Negri, de várias organizações italianas, francesas, alemãs, holandesas, entre outras de menor expressão. [...]
A crítica que aqui se perfila sabe e condena desvios autoritários de partidos de base popular, e repudia o controleirismo sobre organizações sindicais, movimentos sociais, cooperativas, etc. Mas nada disso habilita quaisquer activistas a achar que o proletariado não precisa de partido político. Nesse aspecto, este debate já não é dirigido a uma manifestação infantil do movimento operário, mas apareceu como uma caricatura do passado. Esse “autonomismo” teve inclusivamente à ideia peregrina de que os movimentos sociais “autênticos” são apartidários e contra-partidários. Há uma classe que agradece, mas não são os trabalhadores.
 Luís Fazenda, Anarco qualquer coisa

3 comentários:

  1. Caso para se dizer que o Fazenda já pinta.

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  2. É o fazendeiro a instruir os jagunços.

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  3. Patético, Ricardo, patético… O que faz falta é desclericalizar a malta
    abraço

    miguel

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